A CDU/Açores manifestou preocupação pelo facto de a gare marítima situada na vila da Praia, na Graciosa, estar “mal preparada” para receber passageiros, no âmbito de uma visita à ilha.
Segundo uma nota de imprensa dos comunistas, a abertura da linha branca da transportadora marítima Atlânticoline “veio trazer uma maior afluência de passageiros, facto em si muito positivo”, mas a ilha “continua mal preparada para receber visitantes, a começar pela própria gare marítima”.
A CDU/Açores refere que as restantes gares açorianas já contam, na sua maioria, com um tapete de receção de bagagem, um posto de informação turística e um local limitado à circulação de passageiros, pelo que “existe uma distinção clara entre as zonas de descargas/cargas comerciais e as de passageiros”.
“No caso da gare da Graciosa nada disto acontece: mas são estas simples distinções que facilitam a operacionalidade do porto, tal como a sua segurança, e as infraestruturas adequadas acabam por trazer comodidade e bem-estar a quem as frequenta”, refere-se no comunicado.
A coligação afirma ainda que “é notória a falta de operacionalidade do porto da Praia, onde as empresas marítimas-turísticas embarcam os passageiros todos no mesmo local” e, “enquanto uns passageiros embarcam, os outros têm de aguardar a sua vez”.
Além do acesso marítimo, A CDU/Açores considera a requalificação patrimonial da ilha “uma prioridade”, apontando que no caso do Porto Afonso, este é um “local qualificado, mas quem o frequenta só encontra uma só palavra para o qualificar: abandono”.
Segundo a CDU/Açores, o Porto Afonso é também um local de nidificação de cagarros e garajaus, característica esta que “deverá sempre ser tomada em consideração”.
Os comunistas defendem que os produtos locais, além de serem apoiados, devem ser alvo de uma nova campanha de ‘marketing’ e de melhoria na exportação.
Tomando como exemplo o facto da Graciosa ter cerca de 65% da energia atualmente produzida de fontes renováveis, projetos idênticos “seriam facilmente realizáveis em ilhas como o Corvo, São Jorge, Flores ou Santa Maria, em que se podia chegar aos mesmos 65% de penetração de renováveis no sistema elétrico”.
Lusa