“Potenciais aplicações são as doenças desmielinizantes do sistema nervoso central, como por exemplo a esclerose múltipla, e outras desse tipo. Estamos a fazer ensaios laboratoriais com alguns resultados interessantes que permitem ter essa vontade de continuar. Estas células têm um potencial bastante alargado para esse tipo de doenças e para outras”, confessou à agência Lusa.
Há dois anos a coordenar a investigação, mais centrada na esclerose múltipla, espera dedicar os próximos um ou dois anos a ensaios in vitro e depois passar para modelos animais, e testar a função destas células para corrigir defeitos de desmielinização do sistema nervoso central.
“Estas células em concreto têm várias vantagens porque são células que podem ser criopreservadas e podem obter-se de vários locais do organismo. Há sempre um potencial de utilização autóloga, ou seja de um paciente poder vir a utilizar as células do próprio organismo para regenerar o próprio organismo”, sublinha.
Numa fase – acentua – essas células poderiam ser retiradas do organismo, ou resgatadas de um banco de células, se provém da conservação do cordão umbilical, e depois “em laboratório fazer-lhe alguma manipulação para ajudar a diferenciarem-se no tipo celular que é pretendido” para a doença que especificamente se pretende tratar.