A manifestação foi encabeçada por uma faixa, segurada por crianças e adolescentes, onde se lê: “‘Troika’ e Passos desapeguem-se daqui”. São ainda visíveis bandeiras de sindicatos e cartazes do Movimento de Professores e Educadores Precários dos Açores, além de outros com diversas palavras de ordem e frases contra o Governo de Passos Coelho e a ‘troika’ da ajuda externa. “A austeridade faz mal à educação”, “Relvas, não dormirás”, “Para a ‘troika’ que os pariu” são algumas das frases que se leem nos cartazes, a maioria feitos em cartolinas, exibidos pelos manifestantes. São ainda várias as pessoas que têm tachos e panelas, que prometeram usar na passagem em frente do edifício do Ministério das Finanças de Ponta Delgada.
Entre os manifestantes, além de dirigentes sindicais, está o deputado e líder do PCP/Açores, Aníbal Pires. Depois de percorrer algumas ruas do centro da cidade de Ponta Delgada, a maior dos Açores, os manifestantes cantam “Grândola, Vila Morena” nas Portas da Cidade.
A canção de Zeca Afonso já se ouviu esta tarde em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, em altifalantes, perante cerca de meia centena de pessoas, que se concentraram na Praça Velha, onde foi possível ver igualmente um cartaz com a frase “O povo é quem mais ordena”.
Ricardo Toste, do movimento “Que se lixe a ‘troika’”, considerou, em declarações aos jornalistas, que estava “muita gente mobilizada”, dizendo acreditar numa maior afluência até às 17h30 locais, hora em que os manifestantes iam cantar “Grândola, Vila Morena, em conjunto”.
Durante a manhã, cerca de 160 pessoas manifestaram-se também na cidade da Horta, na ilha do Faial, sendo estas as três manifestações convocadas para os Açores pelo movimento “Que se lixe a ‘troika’”, que convocou para hoje protestos em mais de 40 cidades, em Portugal e no estrangeiro para pedir o fim das políticas de austeridade.
Com o lema “Que se lixe a ‘troika’, o povo é quem mais ordena”, a manifestação de Lisboa, que conta com o apoio da CGTP, coincide com a presença da delegação da ‘troika’ (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), na capital, para fazer a sétima avaliação do memorando de entendimento.
As manifestações foram antecedidas por diversos protestos, junto de governantes, quase sempre ao som de “Grândola, Vila Morena”.
Lusa