“Num contexto nacional em que a ideia dominante é que se perdem oportunidades, se diminuem rendimentos, se cortam apoios sociais a quem precisa e se atrapalha a vida das empresas, este investimento tem maior valor porque representa, a contraciclo, a determinação e o sentido de inovação com que queremos vencer as dificuldades e não abdicar do desenvolvimento regional”, frisou Carlos César.
O presidente do executivo regional, que falava em Vila do Porto na inauguração do Centro de Formação Aeronáutica dos Açores, orçado em cerca de 650 mil euros, recordou o combate travado pelas autoridades regionais socialistas na última década e meia “contra os que queriam desmantelar as capacidades instaladas no Aeroporto de Santa Maria”.
“Tivemos sucesso na defesa deste potencial de Santa Maria e hoje assinalamos com este investimento a nossa determinação em não nos conformarmos com a ideia de que as coisas só podiam piorar”, afirmou, destacando o impacto que este centro terá na economia da ilha, na criação de emprego e na atração de novos investimentos.
Para Carlos César, “trata-se de um investimento que segue o princípio geral de aposta nas competências e potencialidades diferenciadas de cada ilha, investindo no que em cada uma delas representa um potencial acrescido de competitividade”.
Na sua intervenção, apesar de destacar a importância que o Centro de Formação Aeronáutica terá na melhoria dos serviços prestados pela transportadora aérea SATA, Carlos César salientou que a sua atividade não se pode limitar aos Açores.
“O objetivo deste centro é ser projetado para o exterior, abrir as ações de formação e treino a todas as companhias que necessitem ou que sejamos capazes de interessar”, salientou, acrescentando que a atividade promocional do Centro de Formação Aeronáutica dos Açores “será uma tarefa de absoluta prioridade que deve ser levada muito a sério”.
Este centro, inicialmente pensado como local de formação para tripulantes de cabine e pessoal de terra do Grupo SATA, acabou por alargar a sua atividade à formação de pilotos de linha aérea.
Nesse sentido, permite a qualificação de pilotos em Airbus A320 e A310, mas também a formação de pessoal técnico, de cabine e de assistência em terra.
Para esse efeito, dispõe de material como simuladores que permitem recriar situações reais a bordo, nomeadamente secções de aviões que possibilitam a formação num ambiente idêntico ao que se existe no interior das aeronaves.
O treino para situações de emergência e de incapacidade do piloto ou o combate a incêndios são algumas das áreas previstas de formação, que também abrangerá primeiros socorros e suporte básico de vida ou serviços em terra, como o ‘check-in’, entre outras áreas.
Lusa