Cerca de 80% de Portugal continental em situação de seca severa e extrema em junho

camada-ozono-sol-climaQuase 80% de Portugal continental encontrava-se em junho em situação de seca severa e extrema, segundo o boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que caracterizou aquele mês como “extremamente quente e muito seco”.

 

O boletim hoje disponível na página do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) na Internet indica que no final do mês de junho cerca de 80% de Portugal continental estava em seca severa (72,3%) e extrema (7,3%).

Segundo o índice meteorológico de seca (que tem em conta os dados da quantidade de precipitação, temperatura do ar e capacidade de água disponível no solo), a 30 de junho mantinha-se a situação de seca meteorológica em quase todo o território de Portugal continental, verificando-se, em relação a 31 de maio, um agravamento da intensidade da seca.

No final de maio, cerca de 70% do território estava na classe de seca moderada.

De acordo com o Boletim Climatológico, em junho 72,3% do território estava em seca severa, 17% em seca moderada e 7,3% em seca extrema.

O IPMA classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.

No relatório, o Instituto classificou o mês de junho em Portugal continental como “extremamente quente e muito seco”, sendo considerado o terceiro mês mais quente desde 1931, depois de 2004 e 2005.

De acordo com o IPMA, o valor médio da temperatura máxima do ar (29,57 graus Celsius), foi o 3.º mais alto desde 1931 (o maior valor da temperatura máxima, 30,14 graus Celsius, ocorreu em 2004).

“O valor médio da temperatura mínima do ar (15,10 graus Celsius) foi o 4.º mais alto desde 1931 [o valor mais alto tinha sido em 2004 com 16,36 graus Celsius]”, é referido.

Segundo o boletim, em Portugal continental, o dia 17 de junho foi o mais quente, com cerca de 85% das estações meteorológicas a registarem valores da temperatura máxima superiores a 35 graus celsius (dias muito quentes) e cerca de 50% com valores acima dos 40 graus Celsius (dias extremamente quentes).

“Nos dias 17, 18 e 19 mais de 50% das estações meteorológicas registaram valores de temperatura mínima do ar igual ou superior a 20 graus Celsius”, adianta o IPMA.

O relatório aponta ainda para a ocorrência de uma onda de calor no período de 07 a 24 de junho com duração de 17/18 dias nas regiões do interior Norte e Centro e 11/12 dias nas regiões do interior.

No que diz respeito á precipitação, o IPMA informa que o mês de junho classificou-se como muito seco, com um valor médio de precipitação em Portugal continental de 9,6 milímetros, o que corresponde a 30% do valor médio.

 

 

Lusa

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