“O grupo que assumirá funções na gestão municipal, apesar de inteiramente renovado, constitui uma garantia, dada a experiência política e de administração de todos os seus membros”, afirmou Carlos César numa declaração à Lusa.
O líder regional socialista comentava a decisão do PS/Terceira de escolher Sofia Couto, que se candidatou em quarto lugar na lista socialista nas autárquicas de 2009, para presidir ao município na sequência da renúncia da presidente e dos dois vereadores socialistas.
O PS/Terceira colocou, no entanto, duas condições para evitar a realização de eleições, sendo uma a aprovação do orçamento municipal nos termos propostos pela presidente e outra a devolução de todos os poderes que tinham sido retirados à presidente do município.
“A governação necessita de estabilidade, pelo que os atos mais diários e correntes que em qualquer município são executados pelo presidente devem voltar a sê-lo no caso de Angra do Heroísmo”, defendeu Carlos César.
No mesmo sentido, também considerou que “não valerá a pena o PS fingir que gere o município se o orçamento camarário não fôr viabilizado ou se o fôr em subversão dos princípios mais essenciais em que o partido maioritário se reveja”.
“Se tais condições não se vierem a confirmar, valerá a pena realizar eleições”, afirmou o presidente do PS/Açores, acrescentando que, apesar de os socialistas não recearem o ato eleitoral, acredita que o “diálogo permitirá superar as dificuldades”.
O executivo municipal de Angra do Heroísmo é composto por três elementos do PS, três do PSD e um eleito pelo CDS/PP.
Carlos César frisou que o PS/Açores “é um partido de diálogo”, salientando que os socialistas “não recebem lições do PSD ou do CDS/PP” nesta matéria.