“Estranhamente, quando promove, de modo sistemático, o assassínio de carácter de vários políticos do nosso país, quando se mostrou revoltada e até chocada pelo facto do ministro da Economia ter feito um diabinho, agora, perante o verbalismo anglófono do senhor conselheiro de Estado Alberto João Jardim, não se sentiu corada, nem asfixiada”, afirmou Carlos César, referindo-se à líder nacional dos social-democratas.
Respondendo a perguntas dos jornalistas sobre a utilização de uma viatura oficial por Ferreira Leite em actividades partidárias na Madeira, João Jardim desvalorizou a polémica, respondendo com um insulto em inglês.
O presidente do executivo regional, também líder do PS/Açores, lamentou “a figura triste” que a presidente do PSD protagonizou durante a recente visita à Madeira, não só porque “abusou do poder”, utilizando um carro oficial para fazer campanha eleitoral, mas também por não ter reagido às afirmações do presidente do governo madeirense.
Para Carlos César, que falava no parlamento dos Açores, ao contrário do que diz a líder social-democrata, “não há asfixia democrática no país”, mas sim, “cada vez menos oxigénio no PSD neste combate eleitoral”.
Carlos César disse ainda, a propósito de autonomia regional, que tem da líder nacional do PSD a mesma ideia que tinha o antigo presidente do governo, Mota Amaral, há uns anos atrás, ou seja, que “ela é tão autonomista hoje como não o era no passado, quando foi ministra das Finanças e quando pertenceu ao governo de Cavaco Silva”.
Lusa