CGTP-IN alerta para precariedade na maioria dos contratos de trabalho nos Açores

carreira-profissional-trabalhoO coordenador da CGTP/Açores, Vítor Silva, disse hoje que o desemprego na região “é extremamente preocupante” e informou que 90% dos contratos de trabalho celebrados na região são precários.

“Nos Açores, temos uma taxa de precariedade de 90%”, afirmou Vítor Silva, no final de uma audiência com o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, a quem entregou o caderno reivindicativo da central sindical para 2016.

O sindicalista apontou diversas consequências da situação, como “a instabilidade social e a insegurança na construção de um projeto de vida”, destacando neste caso os jovens.

“Aqueles que são mais qualificados, aqueles em que quer a região quer o país apostaram na sua formação veem-se obrigados a sair”, alertou, observando as consequências desta situação ao nível da desertificação, sobretudo para as ilhas mais pequenas.

Segundo Vítor Silva, “sempre que há um aumento muito significativo da precariedade na região, a taxa de desemprego, no espaço curto de dois, três anos, aumenta significativamente”.

Assinalando que “a situação do desemprego é extremamente preocupante e urge corrigir”, Vítor Silva defendeu a necessidade de “criar trabalho com direitos e esta tem sido descurada”.

O responsável da CGTP/Açores voltou a alertar para o facto de haver trabalhadores no âmbito dos programas ocupacionais, promovidos pelo Governo Regional, que “estão a desempenhar funções de um posto de trabalho permanente”, considerando que “cada posto de trabalho permanente deve ter um trabalhador permanente”.

“Esta é uma situação que tem de ser corrigida”, sustentou, notando que a CGTP/Açores não está contra o programa, mas “contra a forma como tem sido aplicado”.

Nesse sentido, preconizou que o programa deveria ter “uma componente teórica, que permitisse formar, qualificar o trabalhador” e, em complementaridade, uma componente prática em que o trabalhador exercesse uma função.

“Isso permitiria que quando acabasse o programa, tivesse conhecimentos para poder exercer atividade”, observou, considerando que tal não está a acontecer.

 

Lusa

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