Chega diz que Governo açoriano tem de mostrar que “consegue fazer melhor”

O deputado do Chega/Açores disse hoje que “havia muito mais a limpar” na remodelação governamental, afirmando que cabe ao executivo açoriano mostrar que “consegue fazer melhor” e que o Chega estava “enganado” quanto ao fim do apoio.

Em declarações à agência Lusa, José Pacheco salientou que era “imperioso” existirem mudanças no executivo PSD/CDS-PP/PPM, mas disse continuar “a achar demais” o número de membros no governo.

“Com todas as trapalhadas que houve nos últimos tempos, com Agendas Mobilizadoras, inação no turismo, inação nos transportes marítimos, inação na ciência e tecnologia e na cultura, esses senhores já estavam com um pé do lado de fora”, apontou.

Para José Pacheco, para além das saídas hoje anunciadas, também o secretário do Mar e Pescas, Manuel São João, “era altamente remodelável”.

“Ainda havia muito mais a limpar. Estou muito insatisfeito com a secretaria das Pescas”, afirmou.

A 06 de abril, o deputado do Chega/Açores revelou à Lusa que “acabou” o apoio do partido ao Governo Regional, avançando que pretende reprovar o próximo Orçamento da região, que vai ser discutido no final do ano.

Pacheco justificou que continuava “sem ter eco das propostas” apresentadas para viabilizar o Orçamento Regional de 2022, como as viaturas para a corporação de bombeiros e os incentivos à natalidade, notando estar por fazer a remodelação no executivo liderado por José Manuel Bolieiro, como o Chega tinha exigido.

Hoje, o deputado insistiu que o Chega “não pode estar colado a uma solução de trapalhadas e mais trapalhadas”, mas ressalvou que cabe ao executivo demonstrar que o partido estava “enganado” quanto ao fim do apoio.

“É bom que percebam que não fazemos ameaças vãs e que também não fazemos as coisas às escondidas. Já dissemos o que pensávamos disto [da governação]. Agora, está do lado do governo mudar isso e convencer-nos de que estamos enganados ou de que conseguem fazer melhor”, afirmou.

José Pacheco reforçou que “se é para fazer a continuidade do governo socialista”, o governo açoriano “não tem o apoio do Chega”.

“Queremos ver trabalho daqui para a frente. Terá de ser o governo a provar, não ao Chega, aos açorianos, que é um governo diferente”, declarou.

 

 

Lusa

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