“Da nossa parte, existirá o apoio possível, em termos parlamentares, que é um apoio imprescindível para que haja uma governação sólida, estável e duradoura, e esse será o nosso contributo durante esses quatro anos”, assegurou hoje à Lusa o líder regional do Chega, Carlos Furtado.
Segundo o presidente da estrutura regional, “o Chega nunca se pôs de fora nesta situação porque também nunca chegou a estar dentro desta situação”.
Carlos Furtado falava à agência Lusa depois de ter sido conhecido um princípio de acordo para a formação de um governo na região resultante das eleições do dia 25 de outubro entre o PSD, o CDS e o PPM.
Em conferência de imprensa conjunta com Artur Lima, do CDS, e Paulo Estêvão, do PPM, José Manuel Bolieiro, líder do PSD/Açores, anunciou uma “proposta de governação profundamente autonómica”, um “governo dos Açores para os Açores” e com “total respeito e compreensão pela pluralidade representativa do povo”.
No dia em que o vice-presidente do Chega nos Açores Orlando Lima apresentou a sua demissão, por entender que o líder nacional do partido, André Ventura, descurou “os interesses dos açorianos” na noite das eleições regionais e assumiu uma “postura centralista”, o líder regional afirmou que, “pessoalmente”, tem “outro entendimento”.
Questionado sobre se a posição de André Ventura poderá ter prejudicado as conversações a nível regional, Carlos Furtado nega, reiterando que “o Chega nunca esteve indisponível para arranjar uma solução séria que fosse alternativa ao PS”, mas que o “propósito do partido” foi sempre o de se colocar “ao lado dessa coligação”.
Lusa