O embaixador da China em Portugal, Zhao Bentang, defendeu hoje o reforço da cooperação com os Açores, propondo projetos em áreas como a cultura, a ciência e a economia.
“Portugal e China são parceiros estratégicos. Temos relações excelentes em todas as áreas: política, económica e cultural. Temos cooperação, temos projetos, mas não os suficientes. Por isso, viemos cá para estudar e procurar mais oportunidades, com o objetivo de ampliar e aprofundar a cooperação”, adiantou, em declarações aos jornalistas, Zhao Bentang.
O embaixador da China em Portugal reuniu-se hoje com o vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Artur Lima, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
Entre os projetos discutidos na reunião, esteve a instalação de um instituto de ensino de mandarim, na ilha Terceira ou na ilha de São Miguel, e a realização de uma semana cultural “para que os locais conheçam mais a cultura chinesa”.
Zhao Bentang destacou ainda a possibilidade de reforço da “exportação de produtos dos Açores para a China, como leite e queijos”, a promoção do turismo e o desenvolvimento de projetos de aquicultura.
“Portugal e China são países que firmaram um acordo de cooperação marítima e de economia azul”, frisou.
O embaixador defendeu que há “muito potencial” por explorar, sublinhando que é possível “estreitar a amizade e a cooperação entre os Açores e províncias e cidades da China”.
Questionado sobre o interesse da China na base das Lajes ou no porto da Praia da Vitória, na ilha Terceira, Zhao Bentang disse que o país não tem um interesse em especial nos Açores, apenas na cooperação para o desenvolvimento da região e o “benefício mútuo”.
Para o vice-presidente do Governo Regional, este foi um “primeiro passo” para aprofundar uma “relação de parceria, quer científica, quer económica, quer cultural, com a China”.
Quanto às relações comerciais, Artur Lima considerou que há um “potencial muito interessante”, sobretudo na exportação de leite e laticínios.
O vice-presidente do executivo açoriano salientou ainda que a comunidade chinesa nos Açores, que integra cerca de 400 pessoas, está “bem integrada na região”.
Lusa