“A nossa preocupação foi notificar os casos positivos. Está a haver um trabalho de recuperar todos aqueles negativos que não foram notificados, por impossibilidade. Não foi por incompetência, não foi por má vontade, foi por impossibilidade de proceder a esta notificação”, afirmou Clélio Meneses
Segundo um comunicado de imprensa, o governante falava após ter sido questionado pelos jornalistas à margem de uma visita à Casa de Saúde de São Miguel, em Ponta Delgada.
O secretário regional afirmou que o trabalho de notificar os casos negativos “está a ser feito” e reforçou que a “preocupação” do Hospital de Ponta Delgada foi comunicar os casos que deram positivo à covid-19, para evitar que aquelas pessoas “se mantivessem em situação de algum risco de contaminação de outras pessoas”.
Clélio Meneses considerou o ataque um “problema grave”, que exigiu uma “resposta imediata”, de “dia e de noite”, para “evitar que tivesse ainda mais danos” para outras entidades do Serviço Regional de Saúde ou para o “próprio Governo Regional”.
“A situação está a ser resolvida, mas exigiu muito dos técnicos da região e, no caso concreto, do HDES para ultrapassar este problema, que está a ser ultrapassado de forma que consigamos manter a segurança de algo que é, neste momento, essencial que são as comunicações dos testes” à covid-19, assinalou.
Em 24 de junho, o Governo dos Açores informou ter sido detetada “uma tentativa de intrusão externa no sistema informático” do Hospital de Ponta Delgada, pelo que foi acionado um plano de contingência.
“Tendo sido detetada uma tentativa de intrusão externa no sistema informático do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, o Conselho de Administração informa que o mesmo está a funcionar com condicionantes, resultantes da necessidade de o defender e de repelir qualquer ação maliciosa”, lê-se na nota enviada às redações nesse dia.
No sábado, o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, mostrou-se preocupado com o “grave” ciberataque e considerou importante a região “preparar-se devidamente para estes ataques informáticos que são obviamente mal-intencionados”.
O arquipélago soma atualmente 305 casos positivos ativos, sendo 295 em São Miguel, cinco no Faial, dois na Graciosa, um na Terceira, um em São Jorge e um em Santa Maria.
Lusa