O pedido de esclarecimento, hoje divulgado pelos promotores da iniciativa, surgiu na sequência de fotografias publicadas no âmbito do Fórum Mundial da Cultura Taurina, que se realizou em janeiro naquela ilha dos Açores, onde terá ocorrido uma ‘sorte de varas’, apresentada sob a designação de ‘tenta pública’.
“As fotografias mostram claramente touros e cavalos a serem utilizados na prática da ‘sorte de varas’”, refere o documento enviado ao parlamento açoriano.
Os signatários recordam que a ‘sorte de varas’ é proibida em Portugal e que uma petição para a sua legalização foi rejeitada pelo parlamento regional em 2009, questionando, por isso, a legalidade do evento que terá sido realizado na Terceira, no âmbito de um encontro mundial que foi apoiado com 75 mil euros pelas autoridades regionais.
O espetáculo em causa, segundo o documento enviado ao parlamento regional, terá decorrido a 28 de janeiro, na Praça de Touros da Ilha Terceira, em Angra do Heroísmo.
Na sequência deste espetáculo, os signatários pretendem que o parlamento regional tome uma “posição oficial sobre este ato ilegal e de desrespeito” à decisão tomada pela Assembleia Legislativa dos Açores de proibir a introdução da ‘sorte de varas’ no arquipélago.
Por outro lado, exigem que o parlamento peça uma “explicação pública ao Governo dos Açores por ter financiado uma prática ilegal, desrespeitando uma deliberação da Assembleia Regional”.
Os signatários pretendem ainda que sejam tomadas “medidas pertinentes para que se situações como esta não se voltem a repetir, com a agravante de serem financiadas pelo dinheiro dos contribuintes”.
A Lusa tentou contactar Arlindo Teles, presidente da Tertúlia Tauromáquica Terceira, entidade organizadora do Fórum Mundial da Cultura Taurina, mas as tentativas realizadas até agora revelaram-se infrutíferas.
Lusa