Uma equipa reforçada do Centro de Estudos de Arqueologia Moderna e Contemporânea (CEAM) vai promover uma nova campanha no Castelo da Praia, em Santa Maria, de 3 a 11 de Setembro.
A operação envolve investigadores internacionais e nacionais e insere-se no Estudo da Arqueologia Moderna do Arquipélago dos Açores (EAMA).
Pretende-se “conhecer, do ponto de vista da arquitectura militar, a tipologia e os ambientes quotidianos daquela construção singular dos Açores”.
Pretende-se “conhecer, do ponto de vista da arquitectura militar, a tipologia e os ambientes quotidianos daquela construção singular dos Açores”.
Na primeira fase do projecto, os trabalhos cingiram-se à intervenção no interior do Castelo e a equipa foi mais reduzida em termos técnicos e humanos.
Élvio Sousa, coordenador do projecto, adianta que, para já, é possível salvaguardar que a fortificação “é mais remota no tempo do que a data que lhe é atribuída”.
Nesta segunda fase do projecto, pretende-se alargar o horizonte dos trabalhos arqueológicos, nomeadamente a escavação para o exterior do forte e da sua torre central.
“Há indicadores muito importantes que revelam que estaremos eventualmente numa das mais antigas fortificações dos Açores”, declara Élvio Sousa.
Explica que o castelo é composto por um conjunto complexo de estruturas defensivas, algumas das quais não são cânones da Renascença, assumindo uma configuração tardio-medieval.
“Chegámos, na altura, a conclusões bastante promissoras com a análise dos materiais que foram encontrados, desde metais a cerâmicas, botões e fragmentos de armas de fogo”, refere o coordenador do projecto arqueológico.
A segunda campanha que vai ter lugar em Setembro vai contemplar a escavação da esplanada exterior do Castelo, visando obter mais informação da cultura material.Trata-se de objectos que faziam parte do dia- a- dia daquela estrutura.
A segunda campanha que vai ter lugar em Setembro vai contemplar a escavação da esplanada exterior do Castelo, visando obter mais informação da cultura material.Trata-se de objectos que faziam parte do dia- a- dia daquela estrutura.
Pretende-se que possam dar “maiores garantias” da história daquele espaço, uma vez que a documentação existente “é muito escassa”. Élvio Duarte explica que muitos dos documentos foram destruídos pelos corsários que atacaram Santa Maria no século XVII e alguns eventualmente perderam-se.
Aquela área de Santa Maria era uma zona de interesse estratégico para eventuais inimigos que vinham do mar, que na altura eram os corsários.
Para além das construções, existe uma presença de cerâmica que data desde o século XVI.
“Nós encontrámos elementos cerâmicos, alguns dos quais fragmentos que podem ter conteúdo museológico futuro” , revela.
Para além das construções, existe uma presença de cerâmica que data desde o século XVI.
“Nós encontrámos elementos cerâmicos, alguns dos quais fragmentos que podem ter conteúdo museológico futuro” , revela.
O coordenador do projecto especifica ter encontrado “elementos de utensílios relacionados com armas de fogo, neste momento pouco precisos para a identificação das armas, tais como botões de farda e em osso”.
Santa Maria, que volta agora a receber uma expedição arqueológica, é a mais antiga ilha dos Açores.
Santa Maria, que volta agora a receber uma expedição arqueológica, é a mais antiga ilha dos Açores.
in AO