Comando EUA anunciou integração de oito portugueses nos quadros

base-lajesO comando das forças norte-americanas na Base das Lajes comunicou esta quarta-feira a integração definitiva, com contratos sem termo, dos oito trabalhadores portugueses que desempenhavam desde 2001 funções de segurança com contratos temporários, anunciou o Governo Regional dos Açores.
A decisão do comando norte-americano culmina um concurso lançado em finais de Agosto, depois de ter sido anunciado a intenção de integrar nos quadros aqueles oito trabalhadores portugueses.

“Esta confirmação vem de encontro às posições sempre defendidas pela região nesta matéria”, afirmou André Bradford, secretário regional da Presidência, que tem acompanhado este processo pela parte do executivo açoriano.

 

 

Para André Bradford, a decisão do comando norte-americano “representa o justo desfecho para a situação laboral destes trabalhadores”, além de ser o “reconhecimento” pelo trabalho que desenvolveram nos últimos anos.

 

 

O secretário regional reclamou para o executivo açoriano os méritos pela resolução deste problema, frisando que “a postura de responsabilidade, persistência e coerência mantida pela região junto das entidades norte-americanas foi bem sucedida em defesa dos legítimos interesses dos trabalhadores”.

 

 

Pelo contrário, criticou os que “se preocupam em ver fantasmas e conspirações onde elas não existem e em manipular interesses dos trabalhadores em benefício próprio”.

 

 

“É a serenidade do tempo e a certeza das nossas razões que melhor zela pelos direitos dos trabalhadores portugueses e não a facilidade do insulto ou a insinuação sem fundamento”, acrescentou André Bradford.

 

 

A situação dos oito trabalhadores portugueses gerou um conflito entre o secretário regional da Presidência e o Sindicato dos Transportes, Turismo e Outros Serviços de Angra do Heroísmo.

Este sindicato, que representa três dos oito trabalhadores, acusou André Bradford de ter dado “um tiro no pé” ao garantir, em finais de Agosto, a entrada destes profissionais nos quadros do comando norte-americano, considerando que isso poderia ter sido colocado em causa.

 

Na resposta, os restantes cinco trabalhadores contestaram a posição do sindicato, salientando que esta estrutura não os representa.

 

Na altura, manifestaram-se “escandalizados” com o facto do dirigente sindical Paulo Borges pretender utiliza-los contra as autoridades portuguesas e norte-americanas.

 

 

Lusa

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