O Comando da Zona Militar dos Açores (ZMA) instaurou um processo disciplinar para apurar uma alegada agressão a um militar no quartel dos Arrifes, que teve de receber tratamento hospitalar no final de Março.
O segundo comandante da ZMA, coronel Loureiro, adiantou hoje à agência Lusa que o caso já está a ser investigado e deverá conhecer o seu desfecho dentro de um mês, sendo certo que o regulamento de disciplinar militar prevê penas que vão desde a simples repreensão à expulsão caso venham a confirmar-se os factos.
Segundo relatamos ontem o caso remonta à noite de 26 de Março quando cinco militares, dois dos quais oficiais, abordaram o praça Nelson para o inquirir sobre um possível furto que teria cometido dentro do quartel dos Arrifes, na cidade de Ponta Delgada.
Depois de ter negado as acusações e perguntado aos colegas se tinham provas terá sido brutalmente agredido, tendo ficado com vários ferimentos e inchaços no rosto.
Mesmo depois dos primeiros tratamentos dados pelos enfermeiros do quartel, o jovem militar de 23 anos teve de ser assistido no hospital de Ponta Delgada, que diagnosticou traumatismo na face e uma fractura no nariz.
Para o coronel Loureiro este é um “episódio lamentável” e que “não corresponde à realidade dos quartéis portugueses“, assegurando que a verdade será apurada dentro de um mês e se houver culpados serão devidamente punidos.
“Não me lembro de nenhum outro caso do género. É lamentável ainda mais numa altura em que estamos a fazer um esforço para atrair jovens para a carreira militar“, disse o segundo comandante da ZMA.
Escusando-se a avançar mais pormenores por estar a decorrer uma investigação, o coronel Loureiro confirmou que dos cinco militares envolvidos na suposta agressão dois estão de licença e o praça Nelson já se encontra novamente no quartel.