A Comissão Parlamentar de Inquérito ao Processo de Construção dos Navios Atlântida e Anticiclone considerou hoje que existiu uma “certa desconsideração” por parte das personalidades que convocou para prestar depoimento e se recusaram a fazê-lo presencialmente.
“É unânime (entre os membros da comissão) que houve uma certa desconsideração com o parlamento regional, com os trabalhos da comissão e para o cabal esclarecimento do que aconteceu”, afirmou a deputada socialista Catarina Furtado, que preside a esta comissão de inquérito.
A Comissão tinha previstas para hoje quatro inquirições a figuras ligadas ao processo, mas, apenas Luísa Schanderl, presidente do júri do concurso lançado para a compra dos navios, confirmou a sua presença.
Catarina Furtado, que falava aos jornalistas no final da reunião que hoje decorreu em Ponta Delgada, referia-se especialmente ao ex-secretário regional da Economia, Duarte Ponte, e ao ex-presidente da Atlânticoline, Duarte Toste, que recusaram prestar depoimento perante os deputados da comissão de inquérito.
A presidente da comissão recordou que o quadro jurídico dos inquéritos parlamentares na região não obriga os depoentes a deslocarem-se presencialmente à comissão, mas salientou que os deputados decidiram, por unanimidade, que também “não haverá inquirições por escrito”.