A Comissão de Trabalhadores dos Estaleiros de Viana do Castelo diz que a decisão do governo regional dos Açores de rescindir a compra do navio Atlântida é ridicula.
Em comunicado os trabalhdores insurgem-se contra essa decisão e pedem a intervenção de José Sócrates.
A Comissão de Trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo diz que a rescisão da compra do navio Atlântida é um escândalo.
Os trabalhadores garantem que o navio tem qualidade para navegar e convidam os jornalistas e os responsáveis politicos da região a visitarem o Atlântida para perceberem isso.
Em comunicado os trabalhadores classificam a decisão do Governo Regional dos Açores de medrosa, a raiar o ridiculo e lesiva das economias do arquipélago e do país.
Dizem também que o executivo socialista se vergou perante o que alegam ser a mais torpe campanha articulada entre os partidos da oposição nos Açores.
A Comissão de Trabalhadores acusa o PSD, o CDS-PP, o PCP e o Bloco de Esquerda de terem unido esforços numa santa aliança para fazer cair por terra o contrato.
Os trabalhadores acusam, por outro lado, a Empordef, a empresa proprietária dos estaleiros, de ter adensado o clima de suspeição criado em torno dos estaleiros.
Dizem que o porta-voz da empresa, Fernando Medeiros, ao ter admitido que o Governo Regional tem o direito de recusar o navio, aumentou a desconfiança que paira sobre a capacidade dos Estaleiros de Viana do Castelo.
A Comissão pede agora a intervenção de José Sócrates para que se resolva o imbróglio, já que os estaleiros, com a rescisão, ficam com o navio parado nas suas docas, encaixando um prejuízo de 50 milhões de euros.
Esta manhã a Antena 1 Açores pediu ao coordenador da comissão de trabalhadores dos Estaleiros de Viana do Castelo mais pormenores sobre este episódio, mas Manuel Cadilha disse que a posição dos trabalhadores, para já, está no comunicado e recusou mais comentários.
Garantiu entretanto que a comissão de trabalhadores não vai baixar os braços, deixou claro que ainda vai correr muita tinta sobre este processo.
Mas não especificou o que os trabalhadores pensam fazer.