Concentração de aeronaves em São Miguel causa polémica

sataA chegada dos novos aviões que permitirão a renovação da frota interilhas vai fazer com que  a  transportadora aérea açoriana opte por uma maior concentração de aeronaves em São Miguel.

 

 

 

A SATA justifica a medida com a necessidade de uma“utilização mais racional de pilotos e pessoal de cabine”, a par de “a melhor gestão das paragens para manutenção periódica das aeronaves”. Assim sendo, a companhia aérea pretende fazer com que  Dash Q200 (que vai substituir o Dornier que se encontra estacionado na Base das Lajes) passe a pernoitar maioritariamente em Ponta Delgada.

Acontece que, de acordo com a edição desta quarta-feira do jornal “A União”, na ilha Terceira, essa intenção não é vista com bons olhos.

Ao diário terceirense, alguns funcionários da SATA dizem temer pela perda de postos de trabalho naquela ilha, questionando, por exemplo, a manutenção de uma tripulação e de mecânicos.
 
Os funcionários da SATA, recorrendo ao caso da Madeira (onde a transportadora açoriana tem um ATP estacionado e  onde não existe manutenção), questionam se existe justificação para a SATA retirar o único avião que pernoita nas Lajes, lembrando  o velho conceito de “placa giratória” aplicado às Lajes por ser mais central nos voos para o arquipélago. É que segundo os mesmos, a SATA Air Açores aterra mais vezes (diariamente) na Terceira do que em São Miguel.

SATA nega diminuição actividade
Em jeito de resposta, a SATA fez saber, através de um comunicado enviado à imprensa, que a informação veiculada pelo periódico “não corresponde à verdade”.

“A SATA reafirma, categoricamente, que a Terceira continuará a servir de placa giratória de extrema importância para a continuidade e incremento das ligações aéreas interilhas e que a escala das Lajes continuará a garantir o mesmo volume de emprego”, refere a nota, indicando que naquela ilha a transportadora tem mais de cem trabalhadores (mesmo na época de Inverno), que desempenham variadas funções no âmbito da operação aérea. No mesmo documento, a companhia explica também que a mudança de base de uma aeronave provocará apenas “a mudança delocal de trabalho de quatro pilotos”, alegando que “esta alteração de local de trabalho seria previsível – mesmo mantendo-se inalterada a frota da transportadora – em função da progressão natural das suas carreiras profissionais”. 

 

Quanto à nível da  actividade operacional na Terceira, a companhia aérea  garante, igualmente, que não a diminuirá. A SATA assume o compromisso de  incrementar as ligações àquela ilha  ao longo do próximo Verão.

A companhia aérea adianta   ainda  que pretende manter, mesmo durante o Inverno, a pernoita, duas vezes por semana, de uma aeronave na Terceira.

 

 

 

Luísa Couto ( in AOriental)

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