O secretário Regional da Presidência declarou, ontem, na apresentação das candidaturas ao concurso LabJovem 2009, que a “ousadia e criatividade dos jovens não são variáveis que dependam da geografia ou dimensão social do meio social”, sublinhando que “não é porque se vive nos Açores que deixamos de ser capazes de estar entre os melhores”.
André Bradford enalteceu a qualidade do júri que”qualifica” o concurso que, na sua opinião é já “um sucesso firmado”, acrescentando que a sua realização “é, por um lado, uma aposta muito forte do Governo dos Açores, e por outro uma aposta nos jovens e nas suas potencialidades”.
O responsável pela tutela da política de juventude do executivo açoriano, explica que a importância do LabJovem e apoio que tem merecido é também uma aposta no futuro enquanto veículo de expressão individual e meio de formação e opção profissional”.
O Secretário Regional da Presidência enfatizou a importância do “reconhecimento e valorização dos jovens artistas” lembrando que “em meios distantes dos centros onde a cultura se faz com maior intensidade, como é o nosso, as pressões e as dificuldades que os jovens têm para mostrar os seus trabalhos e entrar na lógica das indústrias culturais é maior”.
Como resposta a estas dificuldades, André Bradford, entende que mostras e concursos como o LabJovem existem “precisamente para cativar a atenção externa de modo a que os jovens criativos dos Açores tenham a oportunidade os seus trabalhos”.
O Secretário Regional da Presidência deu a conhecer a sua satisfação para com os resultados do LabJovem 2009, comparando com os do ano passado, que – na sua opinião – “atingiram plenamente os objectivos propostos: alargamos o leque de áreas a concurso, às quais juntamos a arquitectura e o Design de Moda; alargamos o âmbito geográfico do concurso porque fomos capazes de ter candidaturas das nossas comunidades emigrantes”.
André Bradford exaltou, ainda, o facto do aumento das candidaturas em termos globais em quase todas as áreas a concurso como, por exemplo, o acréscimo de “80 candidaturas, o que representa mais sessenta por cento relativamente à edição anterior do concurso”, ou o “aumento de 115% no número de concorrentes, que este ano subiu para 126”, ou, ainda, “o aumento do número de trabalhos apresentados em seis das oito Ilhas”.
O governante lamentou o facto da Ilha do Corvo não estar representada, mas declarou que “com certeza o Corvo estará na terceira edição do LabJovem”, não obstante o número da sua população ser um factor redutor, considera André Bradford, que “a sua população jovem é um motivo para esperança”.
André Bradford elogiou os jovens açorianos que “têm demonstrado ter qualidade, não só em iniciativas locais, como o LabJovem, quer em participações no exterior”. Este ano, para o Secretário Regional da Presidência, “foi um bom exemplo, onde se realça os casos dos dois jovens açorianos que integram a lista dos cem jovens mais criativos da Europa”.
“Temos talento, criatividade, vontade e a nossa juventude tem ao dispor meios e instrumentos para tirar partido do seu potencial”, diz André Bradford, que reconhece que, em alguns casos, faltará “apenas mais ousadia e espírito temerário” para se ir mais longe.