O presidente do Governo açoriano, Vasco Cordeiro, será entronizado na sexta-feira confrade honorário da Confraria do Leite dos Açores, uma associação sem fins lucrativos sediada na maior bacia leiteira do arquipélago, anunciou hoje a direção.
“No ano passado tivemos a primeira entronização e convidámos o anterior presidente do Governo Regional [Carlos César] e este ano estamos a convidar o dr. Vasco Cordeiro”, adiantou à Lusa José Vicente, porta-voz da Confraria do Leite dos Açores.
Na cerimónia oficial, designada por “Bodo de Leite” e que decorrerá na manhã de 22 de novembro na fábrica da UNILEITE, nos Arrifes, concelho de Ponta Delgada, além de Vasco Cordeiro serão entronizadas mais cinco pessoas, com os títulos de confrades efetivos e honorários.
José Vicente explicou que os confrades convidados são pessoas ou entidades que “contribuíram ou contribuem para a promoção do leite dos Açores”, sendo que nos estatutos da confraria estão previstas três categorias de confrades: fundadores, efetivos e honorários.
“O nosso objetivo é defender toda a fileira do leite, não só na vertente da produção como também no estímulo ou consumo e virtudes que o próprio leite tem”, afirmou, acrescentando que a confraria já tem 26 confrades, a quem se vão juntar agora mais seis.
A direção da confraria convidou alunos de escolas do primeiro ciclo do ensino básico da freguesia dos Arrifes a estarem presentes na sexta-feira, proporcionando-lhes a possibilidade de visitarem a fábrica, desfrutarem de atividades lúdicas e de um lanche.
O traje cerimonial da Confraria do Leite dos Açores é inspirado no lavrador arrifense, em que a capa representa a forma como em dias de chuva e frio se abrigavam no campo, com um capote de fardo oleado, dando assim origem a um “poncho” castanho claro, debruado a verde (das pastagens), e por um chapéu de feltro, na mesma cor, semelhante ao usado em dias de cerimónia.
Como insígnia decorativa e de certo valor etnográfico foi criada uma pequena lata de leite, que representa os primeiros passos dados no setor leiteiro no arquipélago, assim como o botão que prende a capa, que é uma pequena estaca de madeira que prendia o gado à corrente na pastagem.
Lusa
