Os números vêm publicados no relatório de contas da empresa, detida maioritariamente por capitais públicos, e revelam que o passivo da unidade fabril, que emprega cerca de 125 trabalhadores, baixou de 13,1 milhões em 2010 para 8,5 milhões em 2011.
A empresa apresentava, em 2010, uma dívida a fornecedores de quase 6 milhões de euros, que a nova administração, nomeada pelo Executivo açoriano, conseguiu reduzir para 1,5 milhões num ano.
Apesar do esforço na tentativa de regularizar a dívida a fornecedores, a fábrica de Santa Catarina terminou o ano com um prejuízo de 2,5 milhões de euros, mais 1 milhão do que no ano anterior.
Em termos de produção, esta unidade de transformação de atum registou em 2011 o maior volume de negócios dos últimos cinco anos (4,8 milhões de euros em vendas), apesar se terem verificado poucas capturas de bonito (espécie de atum mais procurada pelas fábricas).
A administração da empresa decidiu, por isso, recorrer ao excedente de capturas do ano anterior, que tinha ficado para a história como uma das melhores safras dos últimos 20 anos, mas em contrapartida, os custos de armazenagem aumentaram quase 40 por cento, em relação ao custo da matéria-prima.
Despesas que, segundo explica a própria administração no relatório de contas, a que a Lusa teve acesso, se revelaram “incomportáveis” para aquela unidade fabril, que apesar de ter aumentado o volume de peixe laborado, registou uma quebra no rendimento obtido.
Em 2011, a fábrica de Santa Catarina produziu quase seis milhões de latas de conservas, tendo a maioria sido exportada para um único país, Itália, que consome cerca de 40 por cento do atum laborado em São Jorge.
O mercado nacional (continente), consome cerca de 33% do total das conservas desta unidade fabril, ao passo que o mercado regional (Açores), assegura o consumo de 19 por cento.
Lusa