A associação dos construtores civis dos Açores pediu hoje a revisão da política de preços base dos consursos públicos, considerando que “não é justa” e que fez sair milhões de euros da região nos últimos anos.
Num comunicado, a Associação dos Industrias da Construção Civil e das Obras Públicas dos Açores (AICOPA) refere que “é de consenso geral no setor” que as empresas regionais que concorrem a obras públicas “dificilmente conseguem preços menores ou iguais ao preço base permitido”.
“As empresas a quem são adjudicadas as obras, pelo facto de trabalharem com preços fora de mercado, adjudicam as subempreitadas a empresas de fora da região e de grande dimensão, com elevados volumes de faturação, e com uma capacidade comercial largamente superior aos subempreiteiros regionais”, acrescenta a mesma nota, dizendo que, por causa disso, “ao longo dos anos, milhões de euros” saíram da região, “contribuindo para o crescente desemprego” nos Açores.
“A direção da AICOPA entende que a política de preços base não é justa!”, lê-se no mesmo texto, que “apela ao Governo Regional dos Açores, autarquias e demais promotores de obra, que no futuro próximo, e tendo em conta o novo Quadro Comunitário de Apoio que se avizinha, para que as entidades públicas e privadas responsáveis pela elaboração dos concursos, elaborem as estimativas orçamentais que dão origem aos preços base com critérios de consulta ao mercado regional, aferindo assim preços mais próximos dos que são praticados na Região”.
Lusa