Na ocasião em que o Presidente do Governo dos Açores prometeu tomar uma posição sobre os 2 navios encomendados pela Região, conhecem-se mais pormenores sobre o segundo navio, o ” Anticiclone “.
Já por três vezes, o Governo Regional dos Açores sugeriu aos Estaleiros de Viana do Castelo para não darem início à construção do segundo navio, mas, os Estaleiros não acataram a indicação e estão a construí-lo com tantas ou mais limitações do que o ” Atlântida “.
Assim, o projecto do ” Anticiclone ” padece dos mesmos erros do seu antecessor, o ” Atlântida “: o navio herdou do primeiro os problemas de estabilidade, que são mais difíceis de ultrapassar, quanto mais pequena é a embarcação e, por essa razão, a solução encontrada, ainda em 2007, quando o problema surgiu, foi a de aumentar o cumprimento do navio que, em vez de 60 metros, terá 75 metros de comprimento, mantendo a suas capacidades de carga de 375 passageiros, 24 tripulantes e 30 viaturas.
A embarcação foi, exactamente, encomendada para operar nos portos mais pequenos, mas essa alteração no comprimento do casco pode invibializar a atracagem, por exemplo, nos portos da Madalena, ilha do Pico, e da Calheta, ilha de São Jorge.
Por tudo isto, mas também porque os planos de construção do segundo navio ainda não tinham sido aprovados pelo Instituto Portuário, a Empresa ” AtlânticoLine ” sugeriu, por três vezes, que os Estaleiros não iniciassem a obra, mas, com receio de não cumprir prazos de entrega, do ” Anticiclone “, o construtor decidiu avançar mesmo, contra a vontade do dono do barco.
O Governo dos Açores e a ” AtlânticoLine ” ponderem, agora, rescindir o contrato com os Estaleiros de Viana do Castelo .
