Convergência com a UE pode reduzir ajudas comunitárias

O presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada advertiu hoje para a possibilidade de os Açores verem reduzidas as ajudas comunitárias no próximo quadro comunitário de apoio se mantiverem a convergência com a Europa registada nos últimos anos

Comentando à agência Lusa dados do Instituto Nacional de Estatística que indicam que os Açores registavam em 2009 um produto interno bruto (PIB) correspondente a 77 por cento da média per capita da União Europeia, Mário Fortuna sublinhou que a convergência da região “acontece e ainda bem que acontece”, mas num contexto de recessão.

Essa convergência “agrada-nos na medida em que estamos mais próximos, mas desagrada-nos, porque acontece num momento em que as economias estão a cair e isso quer dizer que caímos menos do que os outros”, sustentou o Mário Fortuna, diretor do Departamento de Economia e Gestão da Universidade dos Açores.

Segundo sublinhou, os valores indicados pelo INE para o PIB açoriano em 2009 colocam o arquipélago fora as regiões “objetivo 1”, consideradas por Bruxelas como prioritárias nas ajudas comunitárias.

Ora se essa tendência, que acontece pela integração na UE de uma comunidade de países de rendimentos inferiores, se mantiver, os Açores terão de “dar mais um passo no sentido da sua autonomização” em termos de recursos financeiros, advertiu.

Mário Fortuna foi um dos participantes na primeira reunião hoje realizada em Ponta Delgada do Grupo de Reflexão Permanente dos Assuntos Europeus, criado pela organização Parlamento Europeu dos Jovens dos Açores.

O presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada sublinhou no encontro que, face ao alargamento comunitário a Estados mais pobres, Portugal tem de se organizar para ser “tão bom e competitivo como são os países da Europa do Norte, que acabam por ser a referência”.

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