Cooperativ​a denuncia atrasos no pagamento de apoios aos pescadores nos Açores

O presidente da Cooperativa Porto de Abrigo afirmou hoje que há “atrasos com mais de um ano” nos pagamentos de vários apoios a dezenas de armadores de S. Miguel, nos Açores, que estima em mais de 100 mil euros.
“Existem atrasos nos pagamentos de processos relativos à renovação e modernização da frota, ajudas aos seguros e no diferencial do gasóleo/pescas, que em muitos casos remontam ao anterior Governo [Regional], ou seja, atrasos com mais de um ano”, afirmou à Lusa Liberato Fernandes, acrescentando que este assunto envolve dezenas de armadores micaelenses e também de outras ilhas açorianas.
Liberato Fernandes referiu que “estas situações ocorrem sem qualquer esclarecimento por parte da administração das Pescas”, um setor que passou a ter uma direção regional, com o atual Governo dos Açores.
O presidente da Porto de Abrigo revelou que enviou hoje um pedido de esclarecimento ao secretário regional dos Recursos Naturais, para que a tutela possa explicar o que se passa.
“Da parte dos pescadores, há uma clara perda de confiança, porque sentem que situações com mais de um ano arrastam-se, apesar de o Governo Regional ser agora outro”, afirmou Liberato Fernandes, acrescentando que face à “autêntica calamidade social” do setor, a regularização destes pagamentos “é urgente”.
Embora não tenha acesso aos números concretos, Liberato Fernandes estima que o valor em dívida seja superior a 100 mil euros, uma verba considerável numa fase em que “os custos de exploração aumentam e os rendimentos diminuem”.
O presidente da Cooperativa Porto de Abrigo disse, ainda, que irá solicitar uma audiência com o secretário regional do setor para debater entre outras coisas a promessa feita pelo Executivo de diminuir as taxas que os pescadores pagam à Lotaçor e que segundo Liberato Fernandes está por cumprir.
No início de agosto, o secretário regional dos Recursos Naturais disse que o Governo dos Açores tinha dado instruções à Lotaçor, SA [que gere as lotas da Região] para baixar as taxas de lota nos contratos de abastecimento direto de 4% para 3%, baixando, também por essa via, os custos de produção do setor da pesca.

 

 

Lusa

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