“As pessoas têm de estar informadas e vão receber nos próximos dias uma carta para saberem as razões do aumento do preço das rações”, adiantou Jorge Rita aos jornalistas, à margem de uma reunião com o secretário regional da Agricultura em Ponta Delgada.
Sem revelar o valor do aumento a aplicar a partir de agosto, Jorge Rita assegurou que este “ficará aquém” do previsto no continente, que é de 40 euros a tonelada.
“Vamos anunciar primeiro à produção (o valor do aumento), mas ficará aquém do que se perspectiva a nível nacional”, sustentou, acrescentando que se o aumento fosse igual ao preço do continente “seria uma tragédia” para o sector nos Açores.
Na página na internet da cooperativa Jorge Rita referiu que os custos dos factores de produção são uma constante preocupação dada a importância e o impacto no rendimento dos agricultores.
“Ao praticarmos dos preços mais baixos das rações (embora nunca descurando a qualidade), estamos a dar o exemplo não só em termos regionais, mas também, nacional” disse Jorge Rita, lembrando que a Cooperativa desceu o preço das rações em 10 euros por tonelada em dezembro e só repôs o preço em julho.
Indicou ainda que os apoios para os transportes decorrentes do Posei (apoio comunitário) só cobrem cereais que representam cerca de 40% na incorporação das rações.
“A Cooperativa União Agrícola tem feito uma gestão criteriosa e responsável nesta área e tudo temos feito de forma a contrariar os aumentos significativos das matérias primas”, sustentou.
Lusa