O líder norte-coreano Kim Jong Un avisou hoje os Estados Unidos que as suas unidades de mísseis estão prontas para “acertar contas com os americanos”.
A tensão entra numa nova fase, depois de bombardeiros B-2, dos EUA, terem lançado munições fictícias em exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul.
O aviso de Kim, e a litania de ameaças que o precederam, não apontam para uma guerra iminente. Aliás, o objectivo parece ser o de coagir Seul a suavizar as suas posições, conseguir conversações directas e a ajuda de Washington e fortalecer internamente a imagem do jovem líder.
Mas, por outro lado, as ameaças norte-coreanas e a crescente animosidade dos rivais que acataram as sanções da ONU após o teste nuclear de Pyongyang de 12 de Fevereiro, geram a preocupação de que pode estar a haver um erro de julgamento que leve ao confronto.
O jovem líder norte-coreano convocou uma “reunião urgente” com os seus generais logo após a meia noite, assinou um plano para a preparação dos mísseis e ordenou às suas forças para estarem preparadas para atacar o território continental dos Estados Unidos, a Coreia do Sul, a ilha de Guam (uma colónia norte-americana no Pacífico) e o Havai, de acordo com relatos dos meios de comunicação oficiais do país.
Segundo a KCNA, agência de notícias norte-coreana, Kim terá dito que, “tendo em vista actual situação, chegou a hora de acertar contas com os imperialistas norte-americanos”.
Horas mais tarde, milhares de norte-coreanos juntaram-se na principal praça de Pyongyang para um comício de apoio ao desafio lançado pelo seu líder.
Um porta-voz do ministério da Defesa de Seul explicou que as forças militares do seu país admitiam a possibilidade de as manobras do país vizinho poderem levar a um escalar do conflito. Disse também que a Coreia do Sul e os Estados Unidos estão atentos a quaisquer sinais de preparativos para o lançamento de mísseis.
in Sol