Os novos contratos aumentam já este mês, devido à subida dos “spreads”, provocados pelas dificuldades económicas do país.
A Associação Portuguesa de Bancos admite que, já este mês, várias instituições vão aumentar em 0,5% os seus “spreads” nos empréstimos à habitação.
A razão desse aumento deve-se ao facto dos empréstimos internacionais à banca portuguesa terem aumentado na última Sexta-Feira, quase 1,5%, obrigando-a a reflectir esse custo nos empréstimos às famílias.
Virá Pranjivam, economista da DECO, reconhece que a subida terá um efeito significativo nos valores das prestações.
Por exemplo, num empréstimo de 150 mil euros, por 30 anos, a subida do “spread”, em 0,5% representa cerca de 30 euros na prestação mensal.
Quanto aos empréstimos já em vigor, esperam-se subidas na taxa de referência do Banco Central Europeu, o que provocará aumentos nas taxas Euribor, mas, por enquanto, não são previsíveis os aumentos, na prática.
Depois de vários meses de juros baixos, o mercado bancário tende a regressar ao passado, o que pode significar prestações mais caras já este ano.