Crédito habitação vai “ter menos importância no negócio bancário”

O presidente do BPI, Fernando Ulrich, acredita que o crédito à habitação vai “durante alguns anos ter menos importância no negócio bancário”, considerando que a tendência é para o crescimento do mercado de arrendamento.
“Por um conjunto de razões, que se conjugam, depois de um período de dez ou 15 anos em que os portugueses preferiam a compra de casa e recorriam ao crédito para esse fim, entramos numa fase em que vamos recorrer menos ao crédito para a compra de casa”, disse Fernando Ulrich no final da assembleia-geral de accionistas, no Porto.
Em declarações aos jornalistas, o presidente executivo do BPI considerou que “há uma tendência profunda” para o aumento da importância do mercado de arrendamento, o que terá consequências na actividade do sector: “De agora em diante, o crédito habitação vai durante alguns anos ter menos importância no negócio bancário”.
Segundo Fernando Ulrich, “o processo já começou” e “é uma tendência de fundo”, assegura.
O Diário Económico noticia hoje que o Fundo Monetário Internacional (FMI) defende o fim das deduções da habitação em IRS, uma solução que constava do PEC IV.
“Não vou comentar a medida, porque não me quero pronunciar sobre as negociações [de ajuda financeira a Portugal] que não devemos perturbar”, declarou.
Ainda assim, o responsável disse que o BPI “já tem um ‘stock’ grande [de crédito à habitação], que vai seguindo o seu caminho”, realçando que “o novo vai ser muito menor do que foi nos últimos anos”.
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