“Estão reunidas todas as condições” para que a Escola do Mar dos Açores “tenha sucesso” e para que seja possível “levar à frente” a estratégia que foi definida pelo Executivo açoriano em termos de “aproveitamento do nosso mar e do potencial que temos, no desenvolvimento que podemos incutir na ‘economia azul’, o que só pode ser feito com gente capacitada e formada”.
O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, que falava aos jornalistas à margem da cerimónia de assinatura da escritura pública da constituição da ADFMA – Associação para o Desenvolvimento e Formação do Mar dos Açores, que vai passar a gerir a Escola do Mar, afirmou que “a partir de agora, esta associação vai tomar as rédeas deste projeto em tudo o que é a sua gestão e o pensar da sua oferta formativa”, destacando o facto de os sócios fundadores serem “instituições com grande credibilidade e parceiros fundamentais neste projeto”, nomeadamente a Universidade dos Açores e a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, bem como a Câmara Municipal da Horta.
Gui Menezes assegurou que a Escola do Mar dos Açores “vai poder atribuir graus de formação de nível IV, de dupla certificação, e vai poder ministrar os cursos de nível V, cursos de Especialização Tecnológica (CET)”, acrescentando que, caso as instituições de ensino superior parceiras assim o entendam, “podem utilizar as infraestruturas e as valências que vão ser instaladas para darem cursos técnicos superiores profissionais, de dois anos”.
Gui Menezes salientou ainda que os cursos modulares na área da pesca, nomeadamente de Mestrança e de Comunicações, serão “os primeiros a arrancar, já no final deste ano”.
O Secretário Regional referiu que estão ainda a decorrer concursos para equipamentos e simuladores da Escola do Mar, sendo que o concurso para os simuladores “ficou deserto”, adiantando que, em breve, haverá um novo procedimento, com convites diretos a algumas empresas.
“Todos esses processos têm as suas vicissitudes e levam algum tempo, mas estamos convencidos que, no final deste ano, a Escola vai estar equipada e caberá à associação que foi hoje criada o papel de dinamizador e de organizador toda a componente letiva e formativa”, disse.
“Queremos ter uma escola que atraia pessoas dos Açores todos”, declarou, acrescentando que, “pelas valências que tem”, a Escola do Mar dos Açores “poderá atrair alunos de outras partes do país e de outros países”.
“Queremos ter formação de qualidade e atenta àquilo que são as necessidades do mercado de trabalho”, frisou, sublinhando que “os parceiros do projeto são suficientemente credíveis e têm história para que essa qualidade seja garantida”.
Questionado pelos jornalistas sobre críticas ao projeto, Gui Menezes considerou “lamentáveis muitas afirmações infelizes” que têm sido feitas “antes da Escola do Mar começar a funcionar”, defendendo que não contribuem para o seu sucesso.
A Associação para o Desenvolvimento e Formação do Mar dos Açores, que foi formalizada hoje, tem como sócios fundadores a Região Autónoma dos Açores, a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, a Universidade dos Açores e o Município da Horta.
A primeira reunião da Assembleia Geral, para eleger os órgãos sociais desta associação, também teve hoje lugar, tendo sido eleitos para a Assembleia Geral, João Castro, Deputado na Assembleia da República, Luís Filipe Avila, Presidente da Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, e João Gonçalves, da Universidade dos Açores.
Para o Conselho de Administração foram eleitos Filipe Porteiro, Diretor Regional dos Assuntos do Mar, Inês Sá, da Direção Regional dos Assuntos do Mar, e José Leonardo da Silva, Presidente da Câmara Municipal da Horta.
O Conselho Fiscal é composto por Manuel Branco, Revisor Oficial de Contas, Cristina dos Santos, da Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, e Helena Reis, Presidente do Conselho de administração da Unidade de Saúde de Ilha do Faial.