O secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna, Fernando Alexandre, disse hoje que a criminalidade nos Açores apresenta uma “tendência de decréscimo”, apesar de se ter registado um “ligeiro aumento” em 2012.
“Embora os indicadores para 2012 mostrem um ligeiro aumento da criminalidade, estes resultados devem-se em grande medida a uma maior proatividade policial”, salientou, acrescentando que “os dados dos últimos anos mostram uma tendência de decréscimo da criminalidade geral, da criminalidade violenta e grave e dos crimes de proatividade policial”.
Fernando Alexandre discursava no início das cerimónias oficiais comemorativas do 14.º aniversário do Comando Regional da Polícia de Segurança Pública dos Açores, na Praia da Vitória, na ilha Terceira.
Segundo o comandante regional da PSP nos Açores, Barros Correia, a criminalidade geral subiu 1% de 2011 para 2012, a criminalidade violenta e grave aumentou em 23 crimes e a proatividade policial registou um crescimento de 24%.
“Durante o ano de 2012, e embora se tenha verificado um aumento da atividade operacional, os custos de funcionamento mantiveram-se ao nível do ano anterior, ou seja, fizemos mais com o mesmo”, frisou.
Barros Correia admitiu o desejo de “ter mais meios humanos e materiais”, mas reconheceu que “a realidade e os problemas do dispositivo policial nacional também se complicaram pelo alargamento das áreas sob a responsabilidade da PSP”.
O secretário de Estado da Administração Interna lembrou que o contexto económico e social é “muito difícil”, salientando que “os recursos, de facto, não aumentaram nos últimos anos e dificilmente aumentarão num curto prazo”.
Por sua vez, o diretor nacional da PSP, Valente Gomes, admitiu, em declarações aos jornalistas, um reforço de meios para os Açores, não adiantando, no entanto, quaisquer números.
“Algumas das prioridades a nível nacional têm a ver com instalações e meios materiais aqui do Comando Regional da PSP dos Açores”, salientou, acrescentando, a título de exemplo, que a esquadra da Praia da Vitória “está entre as prioridades”.
Quanto aos meios humanos, Valente Gomes adiantou que no início do mês de julho serão colocados 300 agentes recém-formados no terreno e que “certamente alguns deles virão para o Comando Regional dos Açores”, que tem atualmente cerca de 900 efetivos.
Lusa