“A exploração das cantinas está entregue por concessão a uma empresa privada, mas se houver necessidade podemos desencadear um processo negocial” para cortar componentes nas refeições e baixar o preço, declarou à agência Lusa a administradora dos Serviços Sociais da UAç.
Embora considerando que um período de dois meses é “muito curto” para confirmar e apurar as causas de uma tendência, Ana Paula Gouveia admitiu que a quebra de rendimentos familiares possa explicar a redução na procura da cantina.
“Muitos estudantes passaram a trazer a comida de fora, aquecendo-a no micro-ondas disponibilizado pela Universidade”, sublinhou, ressalvando que o movimento na cantina do pólo universitário de Angra do Heroísmo não registou qualquer alteração.
Comprada com antecedência, uma refeição na UAç custa 2,45 euros, subindo o seu preço para 2,85 se for adquirida no próprio dia.
A academia açoriana fornece entre 5.000 a 6.000 refeições por mês, servindo as cantinas de Ponta Delgada e Angra almoços e jantares de segunda a sexta-feira e almoço no sábado.
Sobre a abertura das cantinas durante todo o fim de semana, Ana Paula Gouveia disse que tal possibilidade não está excluída, mas revelou desconhecer qualquer interesse dos alunos nesse sentido.
A administradora dos Serviços Académicos manifestou também estranheza pelo fato de muitos alunos continuarem a adquirir as senhas no próprio dia da refeição, apesar da penalização aplicável.
Trata-se de um hábito “muito mau para a gestão da cantina e que leva a desperdícios”, considerou.
Lusa