“Desinformação” abre a lista disponível para votação ‘on-line’ até 31 de dezembro às 24:00.
A escolha do termo é justificada pela equipa de linguistas e lexicólogos da Porto Editora que a elaborou pelo amplo debate sobre o fenómeno das ‘fake news’. “A difusão deliberada de informações falsas, apresentadas como verdadeiras, tem vindo a crescer nas redes sociais”, justificam os investigadores.
“As greves dos motoristas de matérias perigosas que levaram o governo a declarar uma situação de crise energética e muitos portugueses recorreram a jerricãs para armazenar combustível”, conduz à escolha do segundo termo, “jerricã”.
“Lítio” é outra das palavras a concurso, justificando-se a sua presença entre as ‘finalistas’ pela “controvérsia gerada na sociedade portuguesa” pelos “contratos de prospeção e as concessões de exploração de lítio”, “debatendo-se questões ambientais, sociais, económicas e políticas”.
Outra palavra escolhida é “influenciador”, pelo facto de “as redes sociais terem vindo a permitir o aparecimento de figuras mediáticas que influenciam a opinião das audiências através da publicação regular de conteúdos”.
“Nepotismo”, a quinta palavra a concurso, surge pelas “alegadas ações de favorecimento de familiares de membros do governo ou de outras figuras de poder ocuparem o espaço mediático por diversas vezes”, neste ano.
O facto de “mais de 35% do território nacional estar em seca severa ou extrema, com graves consequências na agropecuária, nos recursos hídricos e no bem-estar das populações”, levou à escolha para votação do sétimo vocábulo, “seca”.
O oitavo termo da lista é “sustentabilidade”, justificada por “a sociedade precisar de satisfazer as necessidades das gerações atuais sem comprometer o futuro das vindouras”.
Nono vocábulo é “trotinete”, pois este ano a versão elétrica destes veículos invadiu as cidades, estabelecendo-se como “parte integrante de um novo paradigma de mobilidade urbana”.
A lista fecha com “violência [doméstica]”, já que “é urgente impedir novos casos (…) como os que ocorreram nos últimos anos”.
A “Palavra do Ano” de 2018 foi “enfermeiro”, que alcançou 37,8% dos 226 mil votos validados.
A lista das vencedoras da Palavra do Ano inclui, nas dez edições anteriores, “esmiuçar” (2009), “vuvuzela” (2010), “austeridade” (2011), “entroikado” (2012), “bombeiro” (2013), “corrupção” (2014), “refugiado” (2015), “geringonça” (2016) e “incêndios” (2017).