O economista açoriano Mário Fortuna associou a decisão da agência de notação financeira Moody’s de cortar o ‘rating’ de Portugal, colocando a dívida do país na categoria de ‘lixo’, à “derrapagem” na execução orçamental.
“Os mercados analisam dados e não intenções”, afirmou o director do departamento de Economia e Gestão da Universidade dos Açores, antecipando impactos negativos da decisão da Moody’s para o financiamento da administração açoriana e das empresas regionais.
Segundo Mário Fortuna, porque terá consequências na banca nacional, o corte do ‘rating’ português terá efeitos na actividade das empresas da Região, particularmente naquelas que recorrem ao mercado para financiamento, como é o caso das empresas de capitais públicos, designadamente a eléctrica EDA e a transportadora aérea SATA.
Embora reconhecendo o esforço do novo Governo na recuperação economia, consubstanciado na “disponibilidade de ir além do acordo de assistência financeira a Portugal estabelecido com a ‘Troika’”, admitiu não estranhar a decisão da Moody’s.