“Consideramos que não é uma boa notícia, não é um tratamento satisfatório para a região tendo em atenção a relação histórica e afetiva que nos une”, afirmou André Bradford, secretário regional da Presidência, em declarações à Lusa.
André Bradford salientou que apenas meia centena de açorianos pede anualmente visto de imigrante para os EUA, mas frisou que os residentes no arquipélago são obrigados a um “custo adicional” com esta decisão das autoridades norte-americanas, já que são obrigados a deslocar-se ao continente.
Nesse sentido, o secretário regional da Presidência revelou que o Governo dos Açores “já desenvolveu diligências no sentido de procurar soluções que permitam um tratamento adequado e justo” para os açorianos que pretendam obter o visto de imigrante nos EUA.
Uma das soluções, segundo André Bradford, pode passar pela “deslocação periódica aos Açores de um funcionário consular norte-americano”, o que permitiria “evitar a deslocação dos açorianos a Paris”.
O Consulado dos EUA em Ponta Delgada anunciou hoje que vai deixar de marcar a partir de 1 de março entrevistas para obtenção de visto de imigrante por residentes em Portugal, que passam a ser efetuadas pela Embaixada em Paris.
“A partir de 1 de março, a Embaixada em Lisboa e o Consulado em Ponta Delgada deixarão de marcar ou conduzir entrevistas”, refere o Consulado dos EUA nos Açores num comunicado enviado à Lusa.
O documento salienta, no entanto, que até 30 de maio a Embaixada em Lisboa e o Consulado em Ponta Delgada “continuarão a processar todos os casos pendentes, para os quais a entrevista já tenha sido feita”.
A partir do início de junho, todos os processos de vistos de imigrantes que ainda se encontrem pendentes “serão transferidos para a Embaixada dos EUA em Paris”.
O consulado norte-americano refere ainda que “estas mudanças dizem respeito apenas aos vistos de imigração, mantendo-se os demais procedimentos relativamente a vistos de não imigrante para turismo, negócios, ensino e outros fins”.
Lusa