Depois do “Montanha Pico Festival” janeiro deixou de ser o mês mais calmo do ano

luis senda picoTerminou esta terça-feira, a terceira edição do Montanha Pico Festival, projeto que abanou a ilha com várias expressões artísticas durante o mês de janeiro, e que visa dar visibilidade ao Pico através da montanha e assuntos globais ambientais devido à cultura de regiões montanhosas, resultado de uma parceria entre a MiratecArts com a Secretaria do Mountain Partnership das Nações Unidas, uma aliança vibrante voluntária de governos e organizações comprometidas em trabalhar em conjunto com o objetivo comum de alcançar o desenvolvimento sustentável das montanhas ao redor do mundo, que se propõe dar mais visibilidade aos assuntos ambientais através da programação artística no Festival.

Exposições, concurso de fotografia, lançamentos de livros, ciclo de cinema, trilhos, Chá na Casa da Montanha foram algumas das atividades promovidas no âmbito do Festival e que movimentam centenas de residentes e visitantes. Mas a cereja no topo do bolo, ou neste caso, no topo da montanha, foi a aventura musical que de realizou no último sábado, e que levou um artista a tentar chegar ao ponto mais alto de Portugal, desafiando a natureza e acordando o vulcão ao som do saxofone.

Luis Senra conseguiu chegar aos 1800 metros de altitude e concretizou o sonho de tocar ali, com a Montanha a mostrar toda a sua “imponência e grandiosidade. Bela mas desafiadora, sua majestade, improvisar com o cansaço, frio e medos mas, tendo a perfeita noção que estava perante o lugar mais incrível e lindo de Portugal. Os medos misturaram-se com aquilo que a vista, o coração e a alma alcançavam: e magia fez-se”, disse o artista após este desafio.

“O Silêncio da Montanha” foi o título do projeto do saxofonista de Rabo de Peixe que já tem planos para voltar à ilha do Pico. “É gratificante ver quem nos visita e participa nos projetos da MiratecArts, a planear futuras presenças,” congratulou-se Terry Costa, diretor do Festival. 

Através de programas de temática montanha, a acontecer no ponto mais alto de Portugal, na ilha do Pico, a MiratecArts prova que a maior riqueza está em abraçar a natureza e o que se consegue concretizar quando a elevamos e não a destruímos. “Todos os eventos falaram, de alguma forma, sobre a cultura montanhosa, desde o Pico aos picos mais altos do planeta, através de filmes, de livros, de conversas com artistas cujo trabalho é dedicado às montanhas. Já não se pode dizer que janeiro é o mês mais calmo do ano, pelo menos na ilha do Pico”, considera o responsável do projeto. 

Montanhas são destinos para caminhadas, escaladas, para apreciar belas paisagens, descobrir novas culturas e explorar o passado. Montanhas atraem turistas por uma infinidade de razões. O turismo é uma das indústrias de mais rápido crescimento em regiões de montanha, atraindo em torno de 15-25% do turismo mundial.

As receitas geradoras do turismo de montanha oferecem oportunidades às comunidades locais para diversificar os seus meios de subsistência, expandir novos mercados e reforçar o intercâmbio cultural. 
“Turismo de montanha é o pilar económico em algumas zonas de montanha, pois traz empregos e oportunidades de negócios. A indústria do turismo, nas regiões de montanha, também leva ao desenvolvimento de infraestruturas que criam ainda mais oportunidades de crescimento económico”, e Terry Costa acredita que na ilha do Pico não vai ser diferente.

 

 

 

SM/ Açores 24Horas

Foto: Direitos Reservados

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