Deputado do PPM acusa Governo dos Açores de coagir e perseguir a sua família

O deputado do PPM à Assembleia Legislativa dos Açores, Paulo Estêvão, voltou hoje a acusar o Governo dos Açores, numa declaração no plenário do parlamento, de coagir e perseguir a sua família para condicionar a sua “liberdade política”.
Em causa está um processo disciplinar, instaurado pela Inspeção Regional de Educação, a Deolinda Estêvão, presidente do Conselho Executivo da Escola Mouzinho da Silveira, na ilha do Corvo, e mulher do deputado.
Na declaração parlamentar, na Horta, Paulo Estêvão disse estar revoltado e não compreender como é que um processo baseado em acusações “miseráveis, repugnantes, ridículas e falsas” se prolonga há quase 15 meses.
O deputado do PPM assegurou, no entanto, que “nada logrará condicionar” a sua liberdade de pensamento e a autonomia das suas decisões e prometeu levar o assunto a plenário, todos os meses, até que o assunto seja esclarecido.
Apesar das acusações, na bancada do Governo Regional nenhum membro do executivo se pronunciou sobre o assunto.
A 09 de julho, quando o deputado do PPM abordou o tema, o secretário regional da Educação, Luíz Fagundes Duarte, rejeitou a haver qualquer “perseguição” por parte do executivo e lamentou que Paulo Estêvão tivesse levado para a assembleia regional “questões pessoais”.
Da bancada do CDS surgiram críticas ao Governo dos Açores por causa das políticas adotadas na ilha de São Jorge, que, segundo Luís Silveira, “têm sido uma excelente forma de promover a desertificação e o regresso à emigração”.
“Hoje, São Jorge tem um setor cooperativo tecnicamente falido, uma indústria conserveira com um passivo insustentável, e os pescadores desesperam e empobrecem porque a SATA não tem capacidade de resposta para escoar o pescado fresco”, denunciou o parlamentar centrista.
Segundo o deputado, as “más políticas socialistas” ao longo dos últimos 16 anos estendem-se também às áreas da educação, com uma escola profissional em “colapso financeiro”, e ainda ao turismo, penalizado por um “péssimo” serviço de transportes marítimos.
O cenário foi prontamente negado por Rogério Veiros, deputado do PS, que elencou uma série de obras e intervenções feitas pelo executivo socialista na ilha, para concluir que Luís Silveira foi ao parlamento fazer “propaganda eleitoral”, uma vez que é candidato à presidência da Câmara das Velas (São Jorge), nas eleições autárquicas de 29 de setembro.

 

Lusa

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