Deputado do PPM contesta postura do Presidente da República no Dia de Portugal

O deputado do PPM ao parlamento dos Açores, Paulo Estêvão, criticou hoje o Presidente da República por se ter deixado fotografar ao lado de uma criança, nas cerimónias do 10 de junho, agarrado a uma metralhadora.

“Esta imagem é absolutamente inaceitável e ninguém criticou este facto durante as cerimónias”, protestou o parlamentar monárquico, adiantando que, se tivesse sido o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a fazer o mesmo, certamente teria merecido a crítica “de todas as agências noticiosas”.

O deputado do PPM, que falava durante a discussão de um voto de congratulação, apresentado pelo PSD, sobre as celebrações do Dia de Portugal nos Açores, criticou também o facto de a bandeira da região ter sido “retirada” de alguns locais públicos durante aquelas cerimónias, realizadas em Ponta Delgada.

“Também não gostei da forma como foram tratados os símbolos dos Açores”, lamentou Paulo Estêvão, referindo-se à “atitude colonialista e vergonhosa” de mandar “retirar a bandeira dos Açores” da Praça Gonçalo Velho, onde habitualmente estava hasteada, ao lado da bandeira nacional.

Também Zuraida Soares, do Bloco de Esquerda, contestou a “retirada” da bandeira açoriana de alguns espaços públicos, durante a cerimónia do 10 de Junho, argumentando que o seu partido “não aceita” esta imposição, mesmo que seja justificada por razões protocolares.

Já Artur Lima, deputado do CDS, criticou o facto de um grupo de independentistas ter sido proibido de se manifestar junto ao local das comemorações do 10 de Junho, em Ponta Delgada, considerando “excessiva” a atitude das forças policiais.

“Os manifestantes não estavam a ser arruaceiros, não estavam a ofender ninguém, estavam apenas com umas bandeiras na mão”, lembrou o parlamentar centrista, acrescentando que “retirá-los à força” foi “manifestamente excessivo”.

Este tipo de repressão foi contestado também por André Bradford, líder da bancada do Partido Socialista, que garante que tanto o seu partido, como “certamente o Governo”, “não se revê” nem “nunca se reverá” numa situação em que “alguém seja impedido de manifestar ordeiramente aquelas que são as suas convicções, seja com que bandeira for”.

Apesar das críticas, o voto de congratulação do PSD, que elogiava a escolha dos Açores para a celebração do Dia de Portugal, foi aprovado por todos os partidos com assento parlamentar, à exceção do PPM, que votou contra.

 

Lusa

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