De acordo com os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), “o aumento anual do desemprego teve lugar em todas as regiões do país, destacando-se as oscilações mais significativas no Algarve (com mais 35,8 por cento) e na região autónoma da Madeira (com mais 33,8 por cento)”.
Face a fevereiro, as únicas duas regiões onde o desemprego não subiu foram o Algarve, que registou uma descida de 1,3 por cento, e os Açores, onde o desemprego desceu 5,9 por cento.
O aumento do desemprego registado em março face ao mesmo mês do ano passado “verificou-se em ambos os géneros, com uma variação de 23 por cento nos homens e de 14,1 por cento nas mulheres”.
Os dados agora divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional mostram também que o desemprego aumentou em todos os grupos profissionais, com exceção dos “profissionais de nível intermédio do ensino”.
Entre os que colocaram mais trabalhadores no desemprego no mês passado estão os “agricultores e pescadores de subsistência” e os “operários e trabalhadores similares da indústria extrativa e construção civil”, com variações de 41,3 e 38,5 por cento, respetivamente.
Os dados revelam ainda que inscreveram-se, em março, nos centros de emprego 64.381 desempregados, um número que é 17,1 superior ao verificado no mês anterior, apresentando, no entanto, um decréscimo de 2,1 por cento quando comparado com o do mês homólogo de 2009″.
Relativamente ao número de colocações de desempregados pelos centros de emprego, “totalizou 5.627, valor superior ao do mês homólogo de 2009 (com mais 16,6 por cento) e ao do mês anterior (com mais 25,1 por cento)”.
O Ministério do Trabalho considera que os dados de março mostram uma “desaceleração do crescimento” do número de desempregados, e lembra que “esta evolução positiva [no número de desempregados] em março está dentro dos valores esperados, com variações mensais menores que 2009”.
Por outro lado, o Executivo sublinha também que o facto de haver mais 10,4 por cento de ofertas disponíveis nos centros de emprego do que em março do ano passado é um “sintoma evidente da recuperação da actividade económica”.