O desemprego voltou à discussão na Assembleia Regional, com o deputado do PCP a contestar as políticas “falhadas” do governo dos Açores no combate ao flagelo do desemprego.
Para Aníbal Pires, “se ninguém nega que o desemprego é um problema nacional e que a campanha de destruição da economia nacional, levada a cabo pelo Governo PSD/CDS tem fortemente contribuído para o seu aumento, a verdade é que há razões que explicam o facto de o desemprego crescer mais, e mais depressa nos Açores do que noutras regiões do país. E essas razões, não as vamos encontrar lá longe, do outro lado do mar, mas sim aqui mesmo, do outro lado deste hemiciclo, nas políticas do Governo Regional e da maioria que o suporta”, defende.
Contrapondo esta posição, Graça Silva, deputada do PS destacou que foi o Governo quem criou “várias medidas para atenuar a austeridade” remetendo a culpa dos números para o Governo da República.
Opinião diferente tem o Partido Social Democrata, que culpa o Governo Regional do PS e a “sua incapacidade de combater o desemprego”, reforçando que 21.445 desempregados é um número que “envergonha a autonomia”, e deveria envergonhar também “quem tem responsabilidade de governar a região”, manifestou Joaquim Machado, deputado do PSD/A.
Em defesa do Governo Regional, Sérgio Avila considerou que para os açorianos “não interessa saber de quem é a culpa”, mas sim “saber quem está ao lado da solução”, e embora assuma que o executivo possa “ter errado quando procurava não errar e que pode não ter feito tudo quanto pretendia” em relação às medidas que criou para resolver o problema do desemprego, o Vice-Presidente do Governo dos Açores apelou aos partidos da oposição para que ajudem o governo a encontrar soluções, considerando que “todos seremos poucos para enfrentar este problema, que é um problema nos Açores, um problema nacional, um problema na Europa”.
A Assembleia Legislativa dos Açores está reunida na cidade da Horta, pela última vez este ano.