Quer isto dizer que, em cerca de três anos, 500 mil casas estão certificadas, realçou o auditor, à margem de um workshop subordinado ao tema “a associação das bombas de calor e a energia solar”, promovido pela empresa Energie e que decorre até sexta feira na Póvoa de Varzim.
A obrigatoriedade de certificação para novos edifícios começou em Portugal em 2009, sendo que o objetivo da ADENE é “aumentar, a curto prazo, o número de edifícios reconhecidos energeticamente”, disse ainda Pedro Mateus.
Esta certificação foi uma medida promovida pela Comissão Europeia e pretende melhorar o desempenho energético dos edifícios nos países da Comunidade Europeia, tendo em conta as condições climáticas externas e as condições locais, bem como as exigências em matéria de clima interior e rentabilidade económica.
Pedro Mateus acrescenta que a certificação energética dos imóveis deve ser tida em conta, não só ao nível das habitações, mas também “dos edifícios que aglutinam serviços, porque são consumidores intensivos de energia em Portugal”.
E a verdade é que os objetivos europeus preveem, no futuro, edifícios “de energia zero”, ou seja, que “exploram ao máximo as potencialidade dos recursos naturais”, desde que “não interfiram com a sustentabilidade do planeta”, explicou ainda.
“Temos que seguir essas orientações de forma a “reduzirmos consumos”, porque “os padrões de conforto das populações têm vindo a aumentar, refletindo a necessidade de ter sistemas cada vez mais eficazes”.
Para além disso, “as faturas de eletricidade e de gás são cada vez mais elevadas e urge compensar isso através da eficiência energética”, sublinhou também.
E uma das soluções que visam o aproveitamento dos recursos naturais, são as bombas de calor, debatidas neste workshop, e que “garantem aquecimento ou arrefecimento”, sendo que “todos os grandes edifícios de serviços no nosso país já incluem uma solução deste tipo”, assegurou Pedro Mateus.
E a “legislação que visa esta matéria está a ser revista, de forma a reforçar a melhoria dessa mesma eficiência, ampliando, em simultâneo, a implementação destas medidas”, concluiu o auditor da ADENE.
Lusa