A líder do grupo parlamentar do CDS-PP/Açores, Catarina Cabeceiras, declarou esta segunda feira que a autonomia e o autogoverno são a “livre expressão” da identidade açoriana, cuja unidade se constrói dando a “máxima importância” a todas as ilhas.
A deputada, que intervinha na sessão solene comemorativa do Dia dos Açores, realizada na sede da Assembleia Legislativa Regional, na Horta, referiu que “Abril trouxe a autonomia, o autogoverno e com ele a livre expressão da identidade” açoriana.
“Esta unidade açoriana constrói-se persistentemente, dando especial atenção e a máxima importância a todas as ilhas e a cada uma delas. O desenvolvimento económico-social, a melhoria de vida dos açorianos são, além de uma questão de justiça elementar, uma conquista inegável da nossa autonomia democrática”, declarou a parlamentar.
Catarina Cabeceiras considerou que na afirmação da autonomia estão convocados desde os cidadãos ao parlamento, ao governo e a quem representa o arquipélago na República.
“Nunca nos podemos esquecer de que a nossa autonomia não é o ponto de chegada, mas sim o ponto de partida”, frisou.
Para Catarina Cabeceiras, celebra-se uma “autonomia plural, fértil e democrática que tem alcançado resultados concretos em benefício do povo açoriano, numa região em que o parlamento, agora, assume uma verdadeira centralidade, com uma maior pluralidade”.
“Do governo e oposição de antes, como do governo e oposição de hoje, [com] os novos partidos agora representados, temos valorizado os contributos que permitam a construção de uns Açores melhores, mais sólidos e robustos, que visem a melhoria da qualidade de vida dos açorianos”, disse.
O Dia dos Açores foi instituído pelo parlamento regional em 1980, visando “comemorar a açorianidade e a autonomia do arquipélago”.
Coincide com a Segunda-Feira do Espírito Santo, a principal festividade do povo açoriano.
Pela primeira vez na história de 45 anos de autonomia, todos os partidos com assento parlamentar (atualmente oito) usaram da palavra, quando habitualmente apenas o presidente do parlamento e o chefe do executivo açoriano o podiam fazer na sessão solene.
Este ano, devido ao formato reduzido imposto pela covid-19, não houve lugar à imposição de condecorações.
Lusa