O líder do grupo parlamentar do Chega no parlamento açoriano, Carlos Furtado, defendeu hoje que é preciso “corrigir as assimetrias sociais e intergeracionais” e traçar um “rumo novo” para os Açores.
“À nossa geração caberá a difícil tarefa de corrigir as assimetrias sociais e intergeracionais existentes e traçar um rumo novo, mais responsável e abrangente, mais capaz e capacitante, mais protetor dos nossos bens maiores, a nossa terra e os nossos valores, porque só assim o voo do açor chegará mais longe”, afirmou.
Carlos Furtado falava na sede da Assembleia Legislativa dos Açores, na Horta, nas comemorações do Dia da Região Autónoma dos Açores, que este ano contaram pela primeira vez com intervenções de deputados de todas bancadas parlamentares.
Para o deputado do Chega, é preciso honrar a herança dos antepassados e enfrentar os novos desafios e ameaças, que “não vêm só por mar e da mãe natureza”.
“O espírito que nos trouxe até aqui será sempre necessário, como necessária é a nossa determinação, informação e formação para lidar com as realidades atuais”, apontou.
Carlos Furtado defendeu que o povo açoriano “não esquece os seus deveres”, mas “não abdica de fazer valer os seus direitos, quando esses apresentam sinais de lhes serem condicionados”.
“A importância de reivindicar os nossos direitos e assumir a nossa identidade, bem como de cumprir os nossos deveres, é uma tarefa contínua, que não deve ser realizada de ânimo leve, uma vez que há que honrar todos os feitos que o nosso povo alcançou, para chegar até ao presente, sendo que neste dia a distinção maior deverá ser para aqueles que nos antecederam”, salientou.
O Dia da Região Autónoma dos Açores, feriado regional celebrado na segunda-feira do Espírito Santo, foi instituído pelo parlamento açoriano em 1980, para comemorar a açorianidade e a autonomia.
Este ano, a sessão solene do Dia dos Açores realizou-se na sede da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, sem imposição de condecorações e sem as tradicionais sopas do Espírito Santo, devido aos condicionalismos decorrentes da pandemia de covid-19, depois de em 2020 ter sido assinalado apenas ‘online’.
Lusa