Um exemplo disso são as idosas que cuidam dos netos e bisnetos mas também dos seus próprios pais, uma situação “transitória” que se deve ao envelhecimento da população mas que se vai extinguir porque a mulher é mãe cada vez mais tarde.
O coordenador do Instituto do Envelhecimento da Universidade de Lisboa, Villaverde Cabral, explicou à agência Lusa que os casos de coexistência de quatro gerações (tetravós, avós, netos e bisnetos) são “pontuais” e “absolutamente transitórias”.
O sociólogo explicou que “isso é uma situação absolutamente transitória, mesmo do ponto de vista demográfico: as mulheres vivem mais mas também têm vindo muito notoriamente a atrasar a sua maternidade”.
“A percentagem de mulheres a ter o primeiro filho depois dos 40 anos é cada vez maior e é evidente que essa pessoa não vai ter filhos contemporâneos dos bisavós”, exemplificou.
Entre as iniciativas que hoje assinalam este dia, está o Congresso Internacional “A Voz dos Avós: Migração e Património Cultural”, em Lisboa, organizado pela Pro Dignitate, e que contará com a presença de diversos especialistas em temas relacionados com a família.