Em reacção ao comentário do vice-presidente, alguns deputados do PSD ameaçaram abandonar a sala de plenário, em sinal de protesto, por considerarem ofensivo o aparte.
“O senhor vice-presidente disse que não falava com pessoas deficientes, apontando para esta bancada”, protestou, então, Duarte Freitas, líder parlamentar do PSD, acrescentando que “nunca” no Parlamento se assistira a um episódio semelhante.
O presidente da assembleia, Francisco Coelho, alegou, na ocasião, não ter ouvido “absolutamente nada”, por isso os social-democratas requereram cópia do excerto do diário das sessões, que engloba não apenas as intervenções gravadas em plenário, mas também os comentários laterais.
O excerto do diário das sessões foi enviado na quarta-feira à tarde a todos os líderes parlamentares (PS, PSD, CDS, BE, PCP e PPM) e confirma as declarações de Sérgio Ávila.
O vice-presidente do Governo pediu, mais tarde, desculpas no parlamento, admitindo ter-se excedido nos comentários devido ao calor do debate, mas o pedido de desculpas não foi aceite pelo PSD, que sugeriu que o governante se devia demitir, lembrando que, “por muito menos, o ministro Mário Pinho foi-se embora” do Governo de José Sócrates.