A professora catedrática da Universidade de Brock (Canadá) Irene Blayer declarou hoje que a diáspora portuguesa encontra-se numa “fase de afirmação muito interessante” e as suas perspetivas futuras “dependem apenas dos seus atores”.
“Eu confio muito na caminhada dos portugueses, que vêm demonstrando uma grande maturidade e uma extraordinária capacidade de vencer dificuldades e de projetar a sua idiossincrasia num mundo com uma intensa pressão globalizante”, disse à agência Lusa Irene Blayer, da organização da conferência internacional “Explorando a diáspora portuguesa em perspetivas interdisciplinares e comparada”, que decorre em Indianapolis (EUA).
O evento arranca hoje e termina no sábado com a presença do presidente da câmara de Indianapolis, Greg Ballard, do embaixador português nos EUA, Nuno Brito, do senador do estado de Nova Iorque Jack Martins, do diretor regional das Comunidades do Governo dos Açores, Paulo Teves, e do presidente da Universidade de Anderson, James Edwards.
Irene Blayer considera que esta conferência internacional reúne “perspetivas distintas” sobre a diáspora portuguesa na perspetiva global, comparativa e histórica e propõe-se “criar um fórum” que permita aos estudiosos em diversas áreas “desenvolver um diálogo” transnacional e interdisciplinar.
“Pretendemos valorizar cada reflexão e sobretudo lançar desafios em diferentes áreas de estudo que tragam um conhecimento mais profundo aos modos de vida e aos percursos da nossa emigração. A língua portuguesa, a cultura, a literatura, as artes integram uma identidade e devem ser entendidas e valorizadas não apenas na academia mas na própria comunidade”, afirma a docente universitária.
A professora catedrática da Universidade de Brock aponta que outro objetivo desta conferência internacional é “aproximar as instituições” das suas raízes comunitárias, bem como “levar a ciência” a “oferecer contributos de análise” aos decisores políticos.
Irene Blayer aponta que todas as personalidades que participam nesta conferência têm um percurso que “fala pelos seus conhecimentos” e pela sua “idoneidade intelectual”.
“De facto, estamos muito felizes por termos reunido nesta conferência estas individualidades académicas que partilham as suas investigações e os seus trabalhos numa área do conhecimento tão importante”, declara.
A conferência de Indianápolis conta com a presença de personalidades de Lisboa, Coimbra, Açores, Brasil, EUA, Arábia Saudita, Índia, China, Ásia, Dinamarca, Canadá, Chicago, Florida e Sri Lanka.
A iniciativa tem o apoio de inúmeras organizações, entre as quais as universidades de Anderson, Brock, Lisboa e Massachusetts, do Governo dos Açores, Fundação Luso-Americana, Conexall, SATA e TAP.
Lusa