A Diocese de Angra e Ilhas dos Açores vai transferir o único padre que existe na ilha do Corvo, a mais pequena do arquipélago, mas não tem ninguém para o substituir.
A informação foi prestada no domingo à população da ilha, durante a missa dominical, pelo pároco Hélio Soares, que ao fim de quatro anos de colocação na ilha será transferido para outra paróquia, provavelmente no final de agosto.
Contactado pela Lusa, o padre Hélio Soares considerou “prematuro” falar sobre a sua saída, uma vez que a Diocese não tem ainda ninguém para o substituir cenário que, a confirmar-se, deixará o Corvo sem pároco permanente.
A solução poderá passar pela ida, a título provisório, à mais pequena ilha dos Açores, de um padre, durante alguns dias da semana, situação que já está a gerar descontentamento entre os cerca de 400 habitantes da ilha.
Alguns deles manifestaram, nas redes sociais, na internet, o seu desagrado por esta situação, recordando que a Igreja tem compromissos para com os católicos daquela ilha, que não se coadunam com a nomeação de um padre provisório.
“Será que só morremos também provisórios?”, questionou uma moradora no Corvo, que pergunta ainda se as crianças da ilha “só têm obrigações de catequese e missa” quando o padre estiver no Corvo.
Na vizinha ilha das Flores, existem dois padres para dez paróquias.
Contactada pela Lusa, a Diocese de Angra remeteu eventuais esclarecimentos para mais tarde.
Lusa