A comemorar 160 anos, a CCAH tem atualmente 875 associados nas ilhas Terceira (onde está sediada), Graciosa e S. Jorge.
Segundo Pedro Fonseca, a sua lista é composta por 30 associados que consideram que a atual direção “não tem servido os interesses dos empresários no seu todo”.
“Tem de haver uma independência clara e tem de haver um claro compromisso com os empresários”, salientou, em declarações à Lusa, acrescentando que os associados da câmara de comércio devem ter “liberdade para se pronunciarem sobre todos os assuntos que afetem as suas ilhas”.
Pedro Fonseca apontou a manutenção ou crescimento económico e a promoção do crescimento sustentável das ilhas que a associação representa, “não só da Terceira”, como metas. O setor dos transportes, por exemplo, “deve ser tratado de forma mais assertiva”.
O candidato à direção da CCAH deixa também críticas à forma como está a decorrer o processo eleitoral, alegando que uma revisão estatutária era “imperativa” antes das eleições, para que fosse possível a criação de mesas de voto em S. Jorge e na Graciosa.
Pedro Fonseca salienta ainda que lhe foi recusado um prazo alargado de discussão, com debates em S. Jorge e na Graciosa, bem como o adiamento por uma semana das eleições, que defendia tendo em conta que “48 horas não é tempo suficiente para haver uma apresentação junto de todos os sócios”.
Por sua vez, Sandro Paim, atual presidente da CCAH, diz que a lista que lidera pretende dar continuidade a projetos já iniciados, como o plano de recuperação das empresas, a campanha ‘Ser Açores’ e os apoios de consultoria ao comércio tradicional, mas frisou que tem também novos projetos, em áreas como as acessibilidades e a exportação.
Confrontado com as críticas do adversário, o recandidato à câmara de comércio adiantou que se prefere concentrar nas ideias de cada lista, alegando desconhecer as da lista oposta, e frisou que “os associados reconhecem que tem sido feito um bom trabalho”.
Sandro Paim disse desconhecer uma proposta de realização de debates por parte da lista adversária e salientou que não foi aceite o pedido de adiamento das eleições porque os estatutos não permitem e porque as eleições foram marcadas com 15 dias de antecedência.
O ainda presidente da CCAH admitiu que a alteração dos estatutos “será necessária” e que tentou chegar a um consenso com a lista adversária para fosse possível a criação de mesas de voto em S. Jorge e Graciosa, sem que houvesse disponibilidade da outra parte.
Lusa