A direção da Câmara do Comércio e Industria da Horta (CCIH) anunciou esta terça-feira a sua demissão, por considerar não estarem reunidas as condições para que esta instituição cumpra as suas funções.
Carlos Morais, presidente da CCIH, queixa-se de “asfixia por parte do Governo Regional” e diz que faltam apoios para levar avante os projetos da direção, originado também pelo esvaziamento humano da CCIH que deixou de conseguir apoiar os seus associados nos seus processos de investimento, após a retirada dos técnicos do Governo Regional que estavam afetos às câmaras do comércio da região, sendo que neste momento sobram somente 2 dos 9 técnicos repartidos por varias ilhas, tendo os restantes sido requisitados pela vice- presidência, ao abrigo do novo quadro do Programa Operacional 2020, visto estas instituições não poderem emitir pareceres em “casa própria”.
Reconhecendo algum afastamento dos associados, que não se demonstram interessados nas atividades da CCID e admitindo Carlos Morais alguma incapacidade da atual direção na apresentação de soluções capazes de inverter o atual cenário, o empresário lamenta que da parte do Governo Regional não tenham sido conseguidas parcerias que permitissem não chegar à atual situação.
A Câmara do Comércio e Industria da Horta, que agrega as Associação dos Comerciantes, Industriais, Importadores e Exportadores das Ilhas do Faial, Pico, Flores e Corvo, apresenta uma divida de 500mil euros e tem neste momento como única fonte de receita as quotas dos associados, que são de 10euros por mês, que alegadamente não chegam para pagar os salários dos dois funcionários, e ainda o aluguer de tendas e um protocolo de cooperação com o Governo dos Açores, no valor de 40 mil euros/ano.
Açores 24Horas / NI
